quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sobre o jantar com Moniz, apraz-me apenas dizer uma coisa

Se Vieira fosse tao bom a comprar jogadores, a moderar o passivo e a organizar o clube quanto e' a tratar da sua sobrevivência politica dentro do Benfica, tínhamos o melhor presidente do Mundo! 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nao era difícil, pois nao?


GR: Artur, Paulo Lopes e Mika

Defesas: Maxi, Joao Cancelo, Luisao, Garay, Miguel Vitor, Jardel, lateral-esquerdo contratado e Luis Martins

Trincos: Javi e Matic

Medios: Witsel, Carlos Martins, Aimar, Bruno Cesar e Miguel Rosa

Extremos: Salvio, Enzo Perez, Nolito e Gaitan

Avancados: Cardozo, Rodrigo, Nelson Oliveira e Rodrigo Mora


Um plantel com 26 jogadores, dois por cada posição, um grupo coeso com apenas dois reforços, jogadores da casa e baratos e um plantel que  se conhece e sabe jogar junto. Nao era difícil, pois nao?

domingo, 19 de agosto de 2012

A nossa esperança ...

... é o treinador do Porto chamar-se Vítor Pereira.

O que esta mal


Saviola no Malaga?

Também nao irei comentar todo e qualquer rumor que surja nos sites e nos jornais desportivos, porque isso seria apenas contribuir para o muito ruído que se faz. Mas o site Fora de Jogo, que respeito, avança que poderá haver uma troca entre o Benfica e o Malaga, indo Saviola e vindo Eliseu. Depois de ontem, eu, agnóstico convicto, rezo a todos os meus santos que seja verdade. 

Critiquem antes quem o meteu a jogar!

Como depois da exibição de David Luiz no Dragão, nao perderei um minuto a crucificar Melgarejo - que hoje se deve sentir abaixo de cao, no que e' castigo mais que suficiente e os jornais já o estão a condenar, aproveitando a brecha aberta pelo nosso treinador. Critiquem quem acha que um lateral esquerdo nao representa prioridade nas contratações ou quem continua a andar a 200 'a hora numa auto-estrada em sentido contrario e pensa que e' o único com razão. A continuar assim, quando a época acabar e Melgarejo for dispensado por nao ter condições para continuar, o que aconteceu foi que se queimou um avançado cheio de potencial por uma mao cheia de nada.  

sábado, 18 de agosto de 2012

É revoltante...

... que, depois de tantos avisos, se tenha deixado Melgarejo ir para lateral esquerdo.

... que Aimar, sem ritmo, tenha entrado.

... que Carlos Martins, o melhor da pré-época, nem calçado tenha.

... que Jesus insista no meio-campo com apenas dois homens.

... que a equipa, depois da expulsão de Douglão, tenha sido tão fraca de ideias, força física e força anímica para ganhar.

... que não percebamos que, num campeonato onde, por todos os motivos, partimos em desvantagem, estes dois pontos farão sem dúvida falta.

O Que Espero dos Nossos Rivais


FC Porto - Com um meio campo estranhamente curto (cinco jogadores, Fernando, Defour, Moutinho, Lucho e Castro para três posições), o Porto parte tranquilo. Porque sabe que tem a arbitragem na mao, porque idem a imprensa, porque  provou que ate' com um péssimo treinador ganha e porque, em boa verdade, faz três ou quatro jogos reais para o campeonato - todos os outros clubes ou dependem do Porto para sobreviver ou estão la' plantados treinadores da casa para os favores da praxe. Estranho nao e' eles serem tantas vezes campeões, mas sim nao o serem ainda mais.

Sporting - Um clube estranho. Eufóricos por tudo e por nada, contam com Carlos Freitas, que calado e' poeta mas, valha a verdade, sabe mexer-se no mercado - e este ano contam a motivação extra do Record dizer que roubaram tudo o que mexa ao Benfica, parece que o único sportinguista em que o Benfica nao tinha interesse era no Paulinho. Com bons reforços, no entanto, resta saber como lidarão com as primeiras desilusões, sobretudo porque falamos de um clube com um despropositado sentido de superioridade e de direitos natos e que nao lida bem com a adversidade. Veremos também se o investimento, perigoso para um clube na situação financeira do Sporting, os fara' contentar-se com o segundo lugar ou se a Velha Aliança se esburacara' com a necessidade de o Sporting rentabilizar o investimento. 

Braga - Ja disse quase tudo no post da antecipação ao jogo de hoje, mas junto uma outra coisa, que também se aplica ao Sporting: se algum dia o Braga estiver a competir com o Porto para ser campeão, vai ceder amigavelmente o lugar ou pora' em risco a amizade?   

Marinho Neves, lapidar como sempre!

"Está toda a gente espantada com as ligações de Joaquim Oliveira ao presidente da FPF. Fico espantado que ninguém no nosso futebol não tenha conhecimento que Fernando Gomes foi sempre o homem de confiança de Oliveira. Fez parte da administração da Olivedesportos, da Cosmos e representava os 11% que JO tem na SAD do FC Porto. Mesmo assim, Luís Filipe Vieira apoiou a sua candidatura à FPF. Querem o quê agora??


via Novo Geração Benfica 

Todo um programa

Quando andei na escola de jornalismo, ensinaram-me que, numa situação de troca de acusações, deve-se colocar primeiro as afirmações de quem acusa e depois as de quem responde, seguindo assim a ordem cronológica da argumentação. 

Hoje, na RTP (onde mais?), aparece primeiro a resposta (algo frouxa, diga-se) de Pinto da Costa e somente depois a intervenção original de Vieira. O que faz com que o espectador, quando vê Vieira a falar, já tenha na cabeça o que que disse o presidente do Porto e isso condicione a sua reação 'as palavras do presidente do Benfica. A escolha de quem aparece primeiro representa todo um programa. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Benfica - Braga 1ª Jornada 2012/2013 Antevisão

Dê-se o mérito. O Braga, nos últimos anos, cresceu em dimensão com uma ideia a um tempo simples e genial: como os peixes que se movimentam na boca dos tubarões, alimentando-se do que estes não comem, também o Braga recicla o que os grandes não aproveitam. João Pereira, Quim, Nuno André Coelho, Sílvio, Hélder Barbosa, César Peixoto, Rúben Amorim, Custódio, Hugo Viana, Alan e Nuno Gomes são disso exemplo, inteligentemente conjugados com jogadores como Lima, Mossoró, Vandinho ou Douglão, que por um motivo ou por outro passaram por baixo do radar dos grandes. Equipa coesa e à qual os média não dão a mesma atenção que aos grandes (permitindo tranquilidade no trabalho), com excelentes resultados em casa e tendo sido quiçá o clube que mais soube beneficiar com as estruturas construídas para o Euro 2004, é uma equipa que tem ainda o condão de ter a cidade onde se baseia na mão, tendo conseguido criar a ideia de que os benfiquistas que a enchiam emigraram. Infelizmente, o mérito desportivo anda a par com o servilismo ao Porto e fica a pergunta para o futuro: quando Salvador for para o clube do coração, o que acontecerá mais tarde ou mais cedo, correrá o Braga o risco de se tornar o novo Boavista?

Até que essa pergunta seja respondida, o Braga conta ainda com outro trunfo: José Peseiro. Não porque seja um treinador ganhador - não o é - mas porque as posições que o Braga almeja (2º ou 3ª) são aquilo que o treinador, um dos que põe as suas equipas a dar melhores espectáculos em Portugal, está calibrado para oferecer, encontrando aqui o projecto ideal para si. 

Nisto, temos um Benfica ainda com assuntos por resolver (lateral-esquerdo, lesões de Aimar e Gaitan, possível venda de Witsel, Sálvio que chegou tarde), depois de uma semana de polémica e ao qual a imprensa aproveitará para colocar em cheque caso o resultado não seja a vitória. É um bom jogo para a equipa se habituar ao que acontecerá durante a época: pouco a ganhar com a vitória, que será relativizada, muito a perder com a derrota, que será exponenciada.   

É uma boa reacção, aguerrida e musculada. Pena que seja reactiva e não pró-activa.

O presidente do Benfica Luís Filipe Vieira teceu esta sexta-feira duras críticas a Pinto da Costa, reagindo às recentes declarações do líder portista, em torno do caso Luisão.

"Não vou tolerar que façam uma cruzada bárbara em redor de Luisão. Há quem se aproveite para atirar pedras. Para quem falou em vergonha, vamos fazer um pequeno exercício de memória: Vergonha é ser condenado por corrupção desportiva; Vergonha para o país foi saber-se que houve quem corrompesse árbitros com prostitutas e outros esquemas; Vergonha é recordar a imagem de árbitros como José Pratas e outros a fugirem de campo de jogadores e adeptos; Vergonha é agredir jornalistas por terem opinião”, afirmou Luís Filipe Vieira, na inauguração da Casa do Benfica da Batalha, onde marcaram presença cerca de 500 adeptos encarnados.

"É evidente que todos nós – Luisão incluído – gostaríamos que aquele episódio não tivesse acontecido, mas pôr em causa a boa-fé, o carácter e a palavra do nosso capitão é algo mesquinho e totalmente inaceitável", atirou o líder encarnado.

"Vergonha é intimidar pessoas do próprio clube apenas porque pensam de forma diferente; Vergonha é ameaçar ou agredir jogadores apenas porque estes não querem renovar ou ser emprestados; Vergonha é não ter memória; Vergonha é ter ordenados em atraso e fazer de conta que não se passa nada; Vergonha é saber que algumas pessoas gozam de total impunidade em Portugal", prosseguiu Luís Filipe Vieira.

"E mesmo assim, com tudo o que disse atrás, vêm agora algumas senhoras da má vida querer passar a ideia de virgens ofendidas? E nós toleramos isto?", criticou o presidente das águias, num discurso muito forte.

"O Conselho de Disciplina da Federação tomou hoje uma decisão. Não a vou comentar e respeito-a. Saberemos respeitar as decisões, mas também saberemos defender os nossos. Que ninguém tenha dúvidas", garantiu.

"Por tudo o que acabei de dizer, queria pedir a todos os benfiquistas o maior apoio a Luisão e a toda a equipa do Benfica. A época que agora começa é responsabilidade de todos. Dos que jogam e dos que estão nas bancadas, dos que dirigem, dos sócios, dos adeptos… de todos", observou. (Aqui)

Aviso


(Com desculpas pela eventual falta de acentuação)
A mim, ninguem me vai ouvir criticar as nomeações.

O major disse numa escuta, referindo-se aos árbitros, que “ao Porto todos servem”. A possível inversão deste certeiro aforismo poderia ser “ao Benfica nenhum serve”. Se nao fosse Soares Dias para amanha, seria Proenca, Olegario, Elmano, Cosme, Paixão ou qualquer outro da pandilha e estaríamos igualmente mal. Em vez de todas as semanas criticarmos a nomeaçãodevíamos criticar a classe como um todo, humilha-los metendo-os todos no mesmo saco e forcando os melhores a melhorar se se quiserem diferenciar (acham que cagoes como o Jorge Sousa e o Soares Dias gostam de ser postos no mesmo saco que o Elmano?). Por outro lado, importa, a cada oportunidade que se tem, conota-los com o Porto, condicionando-lhes as hipóteses de beneficiarem esse clube e deixando preparado o momento de os criticarmos (se somente criticamos quando perdemos, parece oportunismo). E, sobretudo, mentalizar os jogadores, todos os dias, a todas as horas e durante todos os jogos de que nao ha espaço para errar porque jogamos sempre, repito, sempre, contra catorze. O nome do palhaço do apito, entao, pouco me interessa, porque para mim sao todos iguais.
Tudo o resto so serve para desperdiçar energia.  

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Princípio do Fim da Histeria?

De acordo com notícia no site do SL Benfica, estará tudo sanado entre o clube e o Fortuna de Dusseldorf. É sinal também de que quem está vivo sempre aparece, pois há muito que não ouvíamos falar do presidente Luis Filipe Vieira. Pena que este trabalho diplomático, necessário para a manutenção do bom nome do clube, tenha demorado quase uma semana a ser feito. Esperemos que agora seja a vez de tentar "apascentar" o árbitro, no que seria a pièce de resistence a acabar com esta historieta toda e uma verdadeira chapada em todas as virgens ofendidas.

De estranhar que esta reunião tenha sido apadrinhada pelo presidente da FPF, Fernando Gomes. Resta saber se foi a paga pelos apoios dados ou uma circunstância em que ainda vamos ter de pagar mais pelo "favor".

4 razões pelas quais não ando optimista

1 – Direcção: Há um termo que caracteriza bem a forma como a direcção do nosso clube se apresenta: pusilânime. Sabemos que o clube está hoje dotado de estruturas ao nível das melhores da Europa (falta o museu, esperemos que seja para breve), mas também sabemos que a direcção do Benfica, hoje, não só é lenta a reagir como, assuma-se, quando fala ninguém a ouve nem ninguém a teme. Se juntarmos isso a apoios errados a figuras excrementícias (Fernando Gomes à cabeça) e a quantidade de adeptos de outros clubes que lá estão infiltrados e o paradigma actual é de um desgaste que, desde os tempos em que se via que era uma questão de tempo até Damásio cair, não me lembro de ver no Benfica. Houvesse alternativas – e creio que Vieira secou tudo à sua volta, não me conseguindo eu lembrar hoje de ninguém que possa, em boa verdade, assumir a presidência do clube – e creio que estaríamos perante aquilo que, na política americana, se chama uma “lame duck administration”, sem grande espaço de manobra ou capacidade para alterar seja o que for.

2 – Plantel: Falta de lateral-esquerdo; dúvidas na alternativa a Javi Garcia (não me parece que seja Matic seja essa alternativa); excesso de extremos; falta de vontade de apostar nos jovens (Danilo, Mário Rui e Saná já se foram; veremos o que acontece a Miguel Rosa, David Simão, Nélson Oliveira, Roderick, Rúben Pinto, João Cancelo, Luís Martins, André Gomes, Cafú, Diogo Caramelo, Ivan Cavaleiro e muitos outros) que, se tivessem tido o acompanhamento que têm os estrangeiros, se calhar muitos deles eram hoje titulares; e escolhas incompreensíveis na definição do plantel (Kardec em detrimento de Nélson Oliveira ou Mora, Yannick que não tem qualidade para vestir a camisola, Martins um ano a rodar em Espanha quando era cá que teria feito falta, entre muitas outras coisas). Desportivamente, o Benfica decide-se hoje numa navegação à vista que não deixa entrever qualquer noção de futuro e que só os resultados podem disfarçar – se bem que, assim, seja difícil ter bons resultados, numa pescadinha de rabo na boca complexa de resolver.

3 – Poder do Porto: Vejo futebol há 20 anos e nunca vi o Porto com o poder que tem hoje. O que não mata torna mais forte e a forma vergonhasamente airosa como saíram de todos os processos judiciais de que foram alvo só os fortaleceu. Hoje, o Porto tem soft power em todas as instâncias, já não sendo preciso recorrer tanto à violência como antigamente: se os árbitros não fizerem o que eles querem, vão para a jarra (o suborno creio que está démodé) e não são remunerados, para além de perderem as insígnias; as figuras que eles plantam nos orgãos de decisão são tidas como as mais sérias e competentes, mesmo se a sua isenção já nem sequer se coloca como possibilidade; e, na imprensa, há uma geração de portistas não apologéticos que dá o seu apoio como se fosse verdade universal e objectiva. Durante todo este processo, com a excepção do Apito Dourado, o Benfica manteve-se impávido e sereno vendo o seu mundo desabar enquanto bebida uma daquela bebidas coloridas com chapéus de sol em miniatura. Como em tudo, a corrupção e o tráfico de influências só se instalam quando há demasiada gente a olhar para o lado.

4 – Treinador: Outra figura que aparece desgastada como raras vezes vi. Não só pelo tempo que já leva de clube mas, sobretudo, pela sua incapacidade e falta de vontade em mudar quando é preciso. Jorge Jesus tem as qualidades dos seus defeitos e é talvez o último grande romântico do futebol nacional. O que faz com que seja o único a não ver que a equipa se desiquilibra sem três jogadores no meio-campo ou que mais vale ganhar 2-0 e gerir o jogo do que ganhar por 5-0 com nota artística. Pior é parecer que até pode perder 10 campeonatos que não mudaria uma vírgula. Pena é que a genética ainda não esteja desenvolvida ao ponto de podermos fazer um híbrido do jogo atacante de Jesus com o pragmatismo de Trappatoni: aí teríamos o treinador ideal. 

Apoio, sem dúvidas e sem cessar. Mas não me peçam para não ver que o equilíbrio onde o Benfica se movimenta actualmente é precário. E que, ao contrário da banda que tocava quando o Titanic se afundava, fingir que nada se passa é, sim, apanágio dos maus adeptos. Há muita coisa a mudar e chamar a atenção para ela é nosso dever.